Uma breve história sobre Anne Frank





Annelies Marie Frank (12 de junho de 1929 - fevereiro de 1945) foi uma jovem alemã de origem judaica. Filha de Otto Frank e Edith Frank. 
Ficou mundialmente conhecida após a publicação do Diário de Anne Frank (1947). Ela viveu seus últimos anos de vida em campos de concentração, e foi mais uma vítima do Holocausto.

Frank passou um bom tempo em esconderijos fugindo de nazistas com a sua família durante a Segunda Guerra Mundial. Em seu esconderijo ela passou a escrever sobre a sua experiência com a guerra, sobre as suas frustrações e suas tristezas. Ela sempre tentou se manter otimista, mesmo com toda aquela situação de terror.
Uma mente brilhante, infelizmente interrompida pela maldade do ser humano.
Após a denúncia de um informante, um grupo de nazistas invadiu o esconderijo e todos foram levados para o campo de concentração de Auschwitz, onde foram separados e obrigados a trabalhar exaustivamente. Frank presenciou a morte de muitas pessoas queridas em sua vida, algo que ninguém nunca está preparado para viver. Em meio aquele caos ela ainda se manteve forte, muitas vezes conseguia comida escondida para sua mãe e irmã, migalhas de pães que fizeram com que sua família permanecesse viva por mais tempo.
Em outubro de 1944, Anne e sua irmã foram separadas de sua mãe e transferidas para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Edith Frank morreu de fome, pouco tempo depois da separação.

Em 1945 uma epidemia de tifo, juntamente com outras doenças se alastrou por todo o campo de concentração de Bergen-Belsen, levando mais de 17 mil prisioneiros à morte.
Até hoje não se sabe a verdadeira data e causa da morte de Anne, só que ela morreu em fevereiro daquele mesmo ano.
O diário foi salvo por Miep Gies, a mesma mulher que ajudou a esconder a família de Anne nos períodos de perseguição.
Otto Frank (pai de Anne), foi o único sobrevivente da família e mais tarde o responsável pela divulgação do Diário de Anne Frank.


Em 5 de abril de 1944, em uma quarta-feira, Anne escreveu no seu diário que desejava se tornar uma jornalista:
“Eu finalmente percebi que eu devo fazer o meu trabalho escolar para deixar de ser ignorante, para conseguir uma vida, para me tornar uma jornalista, porque é isso que eu quero! Eu sei que posso escrever [...] mas tenho que continuar percebendo se realmente tenho talento.
E se eu não tenho talento para escrever livros ou artigos de jornais, eu sempre posso escrever para mim mesma. Mas eu quero alcançar mais do que isso. Eu não posso imaginar vivendo como minha mãe ou a Sra. van Pels e todas as mulheres que fazem o seu trabalho e depois são esquecidas. Eu preciso ter algo além de um marido e filhos para me dedicar!

Eu quero ser útil ou trazer diversão para todas as pessoas, mesmo aqueles que eu nunca conheci. Eu quero continuar vivendo mesmo depois da minha morte! E é por isso que eu sou tão grata a Deus por ter me dado este presente que eu posso usar para me desenvolver e expressar tudo o que está dentro de mim.
Quando eu escrevo, eu posso me livrar de todos os meus cuidados, minha tristeza desaparece, meus espíritos são revividos! Mas, e isso é uma grande questão, eu nunca vou ser capaz de escrever algo grande, eu nunca vou me tornar uma jornalista ou escritora?"