Mentes Perigosas: O Enfermeiro assassino





Charles Cullen nasceu em 22 de fevereiro de 1960, New Jersey, um ex-enfermeiro e o serial killer mais conhecido da história de Nova Jersey. É suspeito de ser um dos serial killers com mais mortes na história americana. Confessou ter assassinado mais de 40 pacientes ao longo dos 16 anos de  sua carreira como enfermeiro. Mas, estima-se mais de 300 assassinatos. Em declarações para a polícia e jornalistas, ele muitas vezes mostrava-se confuso, não lembrava da quantidade de vítimas ao certo, muito menos de seus nomes, mas lembrava dos detalhes com exatidão.

A infância de Charles:
Era o caçula de oito filhos, com uma infância bastante conturbada, perdendo seus pais muito cedo. Seu pai era um motorista de ônibus(58 anos) e morreu quando Cullen tinha sete meses de idade. Ele tentou suicídio diversas vezes, a primeira foi aos 9 anos de idade, quando ingeriu produtos químicos de uma loja, foi a primeira de muitas tentativas ao longo da sua vida.



Em 6 de dezembro de 1977, sua mãe morreu em um acidente de carro junto com a sua irmã. Sozinho no mundo e extremamente triste com a perda de sua família, ele abandonou tudo e se alistou na Marinha. Depois de um tempo na Marinha, Charles começou a mostrar sinais de instabilidade mental, chegando a ficar internado e só recebendo alta em 1984, depois de se recuperar de várias tentativas de suicídio.

Talvez um novo recomeço:
No mesmo ano, Cullen se matriculou no curso de enfermagem, onde ele era o único do sexo masculino. Ele se formou em 1987 e logo começou a trabalhar, pois suas boas notas lhe garantiram um disputado emprego no St. Barnabas Medical Center, em Livingston, porém, ele levou tudo por água abaixo quando começou a roubar medicamentos para se drogar e tentar tirar sua própria vida.
Foi nesse mesmo lugar que ele fez suas primeiras vítimas. Entre os anos de 1988 e 1992, ele matou vários pacientes com overdose de insulina e não satisfeito, ainda contaminava sacos intravenosos. Foi feita uma investigação interna no hospital, todos sabiam que ele era o culpado, mas infelizmente não conseguiram provar os crimes.

Cullen foi demitido, mas não demorou muito para conseguir um novo emprego, em um outro hospital(Warren Hospital). Nesse mesmo hospital ele assassinou três idosas com superdosagens de medicamentos. Uma das vítimas chegou a dizer a família que um enfermeiro teria lhe injetado algo enquanto dormia, mas todos trataram como delírio da paciente, como se ela estivesse sonhando.

Um ano depois, com o divórcio, Cullen se mudou para Phillipsburg. Em 1993 ele disse que gostaria de largar a profissão, mas não podia no momento, pois teria que trabalhar para pagar suas dividas.

No mesmo ano, Cullen invadiu a casa de uma colega de trabalho, enquanto ela e seu filho dormiam. Começou a perseguir a mulher, que prestou queixa logo em seguida. Charles tentou suicídio novamente e foi internado, ficou alguns meses sem trabalhar para tratar sua depressão e ainda tentou tirar sua vida outras duas vezes no mesmo ano. Apesar de todo o seu histórico de instabilidade mental e de suspeitas de assassinatos, Cullen continuou trabalhando em diversos hospitais e matando mais pacientes de toda as formas possíveis.

O motivo dos assassinatos:
Segundo Cullen, o motivo que o levou a matar seus pacientes, foi para poupá-los de sofrimento, encurtando seu tratamento. Porém, muitas das vítimas não eram pacientes terminais, receberiam alta do hospital nos próximos dias e mesmo assim foram mortas.

Em resumo, a maioria dos hospitais sabiam dos acontecidos e não faziam nada com medo de problemas judiciais. Um hospital entrava em contato com o outro para fazer o alerta de não contratar Cullen. Charles Cullen foi preso em 2003 e confessou seus crimes, cumpre prisão perpétua pelos seus assassinatos.


Fontes:
Herald Sun 
Criminal Minds
Murderpedia