Mentes Perigosas: Leonarda Cianciulli- A Italiana que fazia sabão com as suas vítimas.





Nasceu dia 18 de abril de 1894, Montella, Itália.
Serial killer e canibal. Cianciulli assassinou três mulheres em Correggio entre 1939 e 1940, transformando seus corpos em sabão e pequenos bolinhos. Ainda jovem, tentou suicídio diversas vezes. 
Foto do jornal onde a assassina Leonarda aparece

Como de costume na época, os pais tentavam se livrar de suas filhas arrumando casamentos, na maioria das vezes eram extremamente indesejáveis. Com Leonarda não foi diferente, os pais tentaram arrumar um casamento para ela, mas ela não aceitou.

Até que em 1917 ela se casou com Raffaele Pansardi, mesmo sem aprovação dos pais e sendo amaldiçoada por sua mãe por tão decisão. Após casada mudou-se para a cidade natal de seu marido, onde Pansardi foi condenado e preso por fraude em 1927. Quando liberado, mudaram-se para Lacedonia, onde sua casa foi destruída por um terremoto em 1930 e mais uma vez tiveram que se mudar, dessa vez para Correggio, onde tudo iria começar. 

Diante de tantas tragédias em sua vida, Leonarda começou a ficar preocupada com a suposta maldição de sua mãe.

Chegando em Correggio, Cianciulli abriu sua própria loja onde era muito popular e respeitada pela vizinhança.
Foto de Leonarda Cianciulli

Ao longo de seu casamento Leonarda engravidou 17 vezes, perdendo três filhos em aborto espontâneo. 
10 filhos morreram ainda jovens, não chegando nem na adolescência. Por causa disso, ela se tornou extremamente protetora de seus "últimos" quatro filhos sobreviventes. Receosa de um aviso que recebera algum tempo atrás de uma cartomante, que disse que ela iria se casar, ter filhos e que todas as crianças morreriam ainda jovens. 
Não satisfeita, Cianciulli visitou uma mulher que praticava leitura da mão e que lhe disse:
"Em sua mão direita vejo prisão, na esquerda vejo um manicômio".
Em 1939, seu filho mais velho e favorito, Giuseppe, foi recrutado pelo exército italiano para a Segunda Guerra Mundial. Nessas alturas, Cianciulli faria de tudo para protegê-lo, chegando a conclusão que a vida de seu filho seria poupada se ela fizesse sacrifícios humanos.


Foto de suas vítimas. Faustina, Francesca e Virginia

Leonarda dizia ser cartomante e as mulheres da redondeza costumavam se consultar com ela, o que facilitou na escolha de suas vítimas.

Faustina Setti foi sua primeira vítima, uma solteirona que foi em busca de ajuda para encontrar um marido. Cianciulli disse que já sabia de um bom partido para ela, mas que para ela conseguir realizar tal tarefa, Setti teria que ir em outra cidade enviar cartas e postais para parentes e amigos dizendo estar bem, como se estivesse morando por lá e feliz.
Cumprindo a missão, Setti foi visitar Cianciulli, onde foi drogada com um copo de vinho sendo morta com um machado logo em seguida. 
Cianciulli cortou o corpo em nove pedaços, despejando os pedaços em uma panela, onde foram dissolvidos com soda cáustica, mexeu até que tudo se transformasse em um líquido espesso e escuro, onde mais tarde jogaria o líquido nas proximidades.
Com o sangue ela fez uma receita de bolinhos, juntando o sangue aos ingredientes, como farinha, açúcar, chocolate, ovos, etc. Fazendo bolinhos para servir com chá para suas visitas. Leonarda e seus filhos também comeram.
Além de tudo, Cianciulli roubou as economias da vítima.


Ainda preocupada com a vida de seu filho, ela resolveu fazer seu próximo sacrifício.

Francesca Soavi foi a sua segunda vítima, em setembro de 1940 Cianciulli  disse ter uma proposta de emprego para Soavi. O processo se repetiu, Cianciulli pediu para que Soavi escrevesse cartas e postais para seus amigos e familiares contando-lhes seus planos de trabalhar fora. Antes de sua partida, Soavi foi visitar Cianciulli e também foi drogada com vinho e morta com um machado. O corpo passou pelo mesmo processo da vítima anterior e mais uma vez Cianciulli ficou com os bens de sua vítima.


Virginia Cacioppo foi sua terceira vítima,  alegando a mesma história do emprego. Cacioppo foi alertada a não dizer para ninguém onde estava indo. Em 30 de setembro de 1940, como de costume, Virgínia foi para a última visita antes de sua partida. Leonarda usava sempre o mesmo padrão, vinho com drogas e o machado. Diferente das outras vezes, o corpo de Cacioppo foi derretido para fazer sabão. 

Em declaração, Cianciulli diz:
" Ela foi para a panela como as outras duas, sua carne era gorda e branca. Depois de derretido eu adicionei um frasco de colônia e depois de um longo tempo de fervura eu fiz sabão. Eu distribui para vizinhos e conhecidos. Os bolos também foram melhores, a mulher era realmente doce."  

Um parente de sua última vítima começou a suspeitar de seu desaparecimento repentino, tendo avistado Virginia pela última vez na casa de Cianciulli. Relatando seu desaparecimento a polícia. Cianciulli não confessou os assassinatos até que a culpa estivesse caindo sobre o seu filho Giuseppe Pansardi. Só assim ela confessou os assassinatos, com riqueza de detalhes, isentando seu filho de qualquer participação no crime.

Foto de seus acessórios usados nos assassinatos sendo expostas no museu de criminologia em Roma
Peças de Cianciulli no Museu Criminologico- Roma

Ela foi condenada por seus crimes a trinta anos de prisão e três anos em um asilo criminal.
Em 15 de outubro de 1970, Cianciulli morreu de hemorragia cerebral, concretizando todas as suas previsões.
























Fontes:
https://commons.wikimedia.org
https://dirkdeklein.net
https://it.wikipedia.org/